segunda-feira, 27 de abril de 2015

Nosso pequeno príncipe - O Nascimento

Nossa...
Como o tempo passa.
Percebi hoje que a 5 meses não posto nada no blog. Mas peço desculpas. Foi um período cheio de, digamos, emoções.

No último post relatei a nossa gestação às 35 semanas. Talvez até imaginasse que o parto estaria muito próximo. Placenta prévia apronta sempre das suas!!!!

Pois bem, vamos aos fatos. kkkkkkk

Era um sábado, em princípio, como outro qualquer.
Fomos convidados a participar de uma comemoração de um amigo do condomínio, o Alberto, que havia conseguido um novo emprego.

Foi no salão gourmet do condomínio mesmo, algumas rodadas de pizza.
Tínhamos também um aniversário de 15 anos depois e, depois de alguns pedaços de pizza, resolvemos voltar em casa para nos arrumar para a festa.

Nesse dia, meu irmão Rafael estava hospedado em casa pois estava concluindo um módulo da sua pós graduação.

Estávamos lá, nós, conversando, quando a Alê foi até o banheiro. Pedi que a Isadora fosse tomar banho e se arrumar pois deveríamos sair em pouco tempo.

Alguns momentos depois escuto o meu nome. Era a Alê me chamando.

Ao entrar no banheiro percebi que alguma coisa estava acontecendo. Foi quando vi no vaso uma quantidade enooooooooooooorme de sangue.

Era o que a gente esperava mas de forma alguma queria que acontecesse. A placenta prévia começou a se soltar provocando uma considerável hemorragia.

Liguei imediatamente para a obstetra e na segunda tentativa consegui falar com ela. A pobre estava em uma festa e ao relatar o ocorrido, pediu que fôssemos imediatamente para o hospital onde provavelmente aconteceria o parto!! Socorro. Embora estivéssemos preparados, estávamos no limite da preocupação para o desespero.

Na hora só consegui falar pro Rafa ficar com a Isa e contei o que estava acontecendo. Falei pra Isa que iríamos ver a médica por que a mamãe não estava passando bem.

Fizemos uma malinha pra Alê correndo, passei a mão em umas toalhas pra forrar o banco do carro e corremos para o hospital.

Chegando lá a Vanessa (obstetra) já estava na recepção e a cara dela deixava transparecer algum problema, o que logo entendemos. Não havia vaga na UTI neonatal e o nosso parto era prematuro e ainda com algum risco.

Após uma breve discussão tudo se resolveu e demos entrada.

Em menos de 15 minutos já estávamos adentrando os corredores do hospital. A hemorragia não havia cessado e o parto deveria ocorrer o mais breve possível.

Foi feito um monitoramento da vitalidade fetal ali mesmo e visto que em princípio com o Matheus estava tudo bem.

Depois de toda a correria cheguei no centro obstétrico, todo paramentado, e aguardei do lado de fora até que terminassem os preparativos com a Alê e permitissem a minha entrada, o que não demorou pra acontecer.

Antes porém a Vanessa me abordou no corredor e me disse que por causa da situação, tinha ainda o risco de ter que ser feita uma histerectomia! Caracas, mais um baque mostrando que a situação não era tão simples mesmo.

Embora não pretendêssemos ter mais filhos, fiquei apreensivo por conta dos riscos associados.

Quando entrei na sala de parto já estava tudo pronto e me sentei perto da Alê. Ela parecia ter se acalmado mas depois ela me disse que havia chorado muito por não ter se despedido da Isa. Disse que não se preocupasse pois nada iria acontecer.

Em pouco tempo disse a ela que iria ver em que estágio estaria o parto e sem pompa ou circunstâncias já vi que elas já estavam terminado de tirar o nosso pimpolho do útero.

Nos mostraram muito rapidamente e correram com ele para o pediatra para as primeiras avaliações.

Sem nem muito o que pensar fui correndo atrás.

Ele estava bastante ofegante, com a respiração um pouco dificultada. Eram os sintomas da prematuridade dos pulmões que ainda levariam de 3 a 4 semanas para estarem prontos para o nascimento. Mediu 47 centímetros e pesou 2.625g. Fiquei tranquilo, pois a partir de 2.500g o bebê não é mais considerado prematuro pelo peso, somente pela idade gestacional. Um alívio.

Esperei um pouco para ver como ele reagia. Colocaram-no em uma espécie de aquecedor e acoplaram uma redoma sobre a cabeça dele ligada ao oxigênio.

Aos pouco ele foi se tranquilizando e a respiração parecia que melhorava.

Voltei onde a Alê estava e contei a situação e disse que o médico iria reavaliá-lo para verificar a necessidade de encaminhá-lo ou não à UTI.

Outra pediatra assumiu o plantão neste meio termo e nos informou que provavelmente teriam que ser dados cuidados intensivos pois a respiração continuava cansada.

Mas alguns minutos depois ele foi avaliado por um terceiro, que descartou, nos deixando muito felizes ao indicar que ele iria para o quarto com a gente.

Depois de tudo o que passamos para ter o nosso príncipe com a gente, tenham certeza que esta emoção nunca será esquecida e que com certeza teremos muitas outras histórias para postar aqui!!!!


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